05/08/2017

NAS TRILHAS MISSIONÁRIAS, IMPULSIONADO PELO ESPÍRITO VICENTINO

Relato do jovem Luiz Antonio Andretta, da Juventude Mariana Vicentina (JMV), sobre o VIII EMLA – Encontro Missionário Latino-americano:


Nos dias 15 a 31 de julho de 2017 eu, Luiz Antonio Andrettta, fui à Guatemala vivenciar uma experiência missionária, na qual estava representando a delegação da JMV do Brasil e também de minha província de Curitiba, juntamente com a Irmã Rizomar Figueiredo, assessora nacional, e Rodrigo Milton, secretário nacional.


Tivemos duas semanas bem intensas, as quais foram divididas em uma semana de formação e uma de missão. Durante a semana de formação tivemos diversas palestras, plenários, trabalhos em grupos, oficinas, mostras culturais e muita oração, vivenciando, assim, um encontro com Cristo. Cada dia de formação tinha uma dimensão específica, estando divididas em acolhida, espiritual, humana, mariana, vicentina, missionária, oficinas e a eleição da nova equipe latino-americana. Todos os momentos foram preparados por jovens e assessores dos países da América Latina e Espanha, e vivenciados com muito fervor por todos que se faziam presentes, pois estávamos nos preparando intelectualmente e espiritualmente para irmos ao encontro dos pobres.


Enquanto estávamos no encontro, comemoramos o dia 18 de julho com muita alegria, animação e partilha entre todos. Esse era o nosso dia, o mais feliz de todos, pois Maria apareceu em nosso espírito naquela noite, como apareceu para Catarina Labouré. Diante de tudo que foi abordado na formação, destaco alguns pontos que me foram importantes: aprofundar o conhecimento sobre Cristo a partir de São Vicente de Paulo; a alma discípula e missionária de Maria; a realidade que nós jovens, nossos paradigmas, influências, participações políticas e culturais e, principalmente, como o jovem cristão é visto na atualidade. Compartilhamos muito sobre a realidade de cada país, tomando, assim, uma proporção de como a JMV está presente nestas.


Aprendemos e conversamos muito sobre as características da JMV, a importância da consagração, o papel de assessor na associação, como empreender projetos sociais, entre outros. Na quinta-feira, dia 20, tivemos a eleição da nova equipe coordenadora latino-americana, a qual eu estava como candidato da região do Brasil e já eleito por ser o único desta região. Assumimos nossos compromissos como nova equipe, de animar e fortalecer os países constituintes.


Todas as noites aprendíamos um pouco da cultura de cada país participante, com muitas apresentações típicas, rodeadas de energia e entusiasmo. Na noite da sexta-feira, 21, estávamos eufóricos, pois tínhamos recebido nossa mochila missionária, nos preparando para viajar cedo para Nebaj, comunidade onde estaríamos realizando durante uma semana nossas missões.


Chegamos em Nebaj e fomos recebidos com um almoço festivo, com comidas bem típicas da região. Após comermos tivemos uma pequena celebração e todos os missionários foram enviados para suas respectivas comunidades. Fui encaminhado para a comunidade de La Pista, juntamente com um missionário do Equador, o qual se tornou um irmão para mim. Durante a semana de missões tivemos atividades com as crianças, jovens e adultos. Todos estavam muito animados em nos receber em sua comunidade e em suas casas. Realizamos as visitas nas casas de segunda a sexta o dia todo e, durante a noite, tínhamos as reuniões com os adultos e jovens, hora santa e celebração eucarística. Em cada visita sentíamos energias diferentes, com muitas histórias emocionantes de pessoas que sofreram com a pobreza, descaso e, principalmente, com a guerrilha que assolou a comunidade católica desta região. Nós missionários estávamos ali para ouvi-los e ser presença de Igreja e de esperança junto a este povo sofrido, desacreditado de suas capacidades.


Vivenciamos uma realidade muito diferente da nossa, mas, mesmo assim, estávamos nos sentindo em casa. A comunidade estava unida para nos acolher e nos deixaram maravilhados com seu carisma e simplicidade. Mesmo tendo uma semana um pouco cansativa, digo que valeu muito à pena o aprendizado, as partilhas, ter o contato com uma cultura diversificada.

Como membro da JMV, sou muito grato por esta oportunidade, de poder abrir meus horizontes sobre a missão da JMV e de me sentir ainda mais impulsionado a continuar na caminhada. Agradeço à Irmã Rizomar, assessora Nacional da JMV, à Irmã Leonides, Visitadora da Província de Curitiba, pelo apoio, e a cada uma das assessoras que estiveram em sintonia comigo em orações. Aos jovens, meus sinceros agradecimentos e os motivo a irem em frente, porque a missão é muito grande e os pobres esperam muito de nós.

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